Projecto LNG Golfinho/Atum (Mozambique LNG)
Após a descoberta de 83 triliões de pés cúbicos (Tcf) de gás natural, na Área 1 da Bacia do Rovuma, as concessionárias desta área submeteram um projecto de produção e liquefacção de gás natural, a partir de uma infraestrutura em terra, a ser implantada da península de Afungi, província de Cabo Delgado.
Ora, o Plano de Desenvolvimento, foi aprovado em de Fevereiro de 2018 e prevê desenvolvimento do Campo Golfinho-Atum mediante a construção e operação de uma central de liquefacção de gás natural (GNL) com duas unidades (trains) de liquefação com capacidade nominal de pouco mais de 6 milhões de toneladas por ano (MTPA) cada, para o processamento e venda de gás doméstico, com vista a viabilizar a exploração de 13,8 Tcf de gás natural recuperável, num período de 25 anos, dois gasodutos submarinos e vinte e três (23) furos de produção e infraestruturas.
A Decisão Final de Investimento do projecto foi anunciada a 18 de Junho de 2019 e o investimento total é de USD 20 biliões, o Projecto Golfinho/Atum
A geração de lucros directos na ordem dos USD 60.8 biliões dos quais cerca de USD 30.9 biliões para o Estado durante 25 anos, resultantes de Impostos (IPP e IRPC), bónus, taxas e da partilha do petróleo-lucro.
Para a contratação de bens e serviços, por empresas moçambicanas e registadas em Moçambique, foram disponibilizados USD 2.5 biliões, a serem despendidos durante a fase de construção da planta. Está igualmente projectado a contratação de mão-de-obra nacional e potenciação permanente das empresas moçambicanas para acederem as oportunidades geradas pelo projecto. Segundo dados disponibilizados pela Total, até ao momento o projecto gastou mais de 850 milhões de dólares americanos com empresas registadas em Moçambique, dos quais mais de 200 milhões foram gastos com empresas moçambicanas.
São concessionárias da Área 1 da Bacia do Rovuma a Total E&P Mozambique Area 1, Limitada, com 26.5% de interesse participativo, a Empresa Nacional de Hidrocarbonetos, E.P. (ENH) com 15%, a Mitsui E&P Mozambique Área 1, com 20%, a ONGC Videsh Ltd, com 10%, a Beas Rovuma Energy Mozambique Ltd, com 10%, BPRL Ventures Mozambique B.V., com 10%, e a PTT Mozambique Área 1 com 8.5% de interesse participativo.