África Lança Política de Gás Natural do Panorama Energético de África

Numa fase em que a questão da transição energética vai ganhando desenvoltura e orientando as políticas e estratégias dos principais players do sector energético em todo o mundo, a África hoje se afigura não como simples fonte de recursos energéticos mas também como uma voz que pretende, em uníssono, defender os seus interesses, ao mesmo tempo que se afirma como uma alternativa viável para uma transição energética que se deseja sustentável.

A Comissão Africana da Energia (AFREC) está a trabalhar no programa de petróleo e gás que visa promover a criação de um mercado interno de petróleo bruto, produtos petrolíferos e naturais e gás em África. O objectivo deste programa, segundo a entidade, é o de desenvolver políticas necessárias que possam gerar modelos de mercado que promovam o investimento no sector, exploração, transformação e utilização do petróleo e gás africanos no território e mercado africanos.

Portanto, a AFREC, conforme esclarecem os documentos oficiais do organismo, busca operar de forma coordenada com todos os Estados membros da União Africana (UA) e com uma vasta rede de peritos e parceiros dos membros da UA, assegurando que todas as iniciativas energéticas respondam ao propósito de desenvolvimento do sector energético africano.

A The African Energy Commission (AFREC) ou A Comissão Africana de Energia, é uma agência de energia especializada, a nível da organização da União Africana e tem o mandato de desenvolver o sector energético africano, por via da coordenação e harmonização, desenvolvendo e promovendo a exploração racional, comercialização e integração dos recursos energéticos em África.

O ideal é permitir que os recursos energéticos disponíveis possam ser usados primordialmente para o desenvolvimento sócio-económico dos 55 países africanos de uma forma efectiva e sustentável.

Relativamente ao gás natural, segundo dados da AFREC, dezassete países africanos são produtores, sete são exportadores líquidos, enquanto sete são importadores líquidos. Além disso, 40% das novas descobertas globais de gás natural nos últimos dez anos estão em África, principalmente no Senegal, Mauritânia, Moçambique, Tanzânia, etc. No entanto, mais de 45% da produção de gás natural em África é exportado e a contribuição do gás natural para o balanço energético do continente é mínimo.

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