MOÇAMBIQUE QUER SER MEMBRO OBSERVADOR DO GECF
Maputo, 22 de Fevereiro de 2022 - Este interesse foi demostrado esta manhã, em Doha, capital do Qatar, durante a sexta cimeira do Fórum dos Países Exportadores de Gás Natural, pelo Presidente da República de Moçambique, Filipe Nyusi.
Falando aos representantes das nações que integram a organização, onze das quais membros efectivos e sete, observadores, o Chefe de Estado disse que é “com agrado e entusiasmos que estamos a participar sexta cimeira do Fórum dos Países Exportadores de Gás Natural, uma plataforma de concertação, troca de experiências e informações entre os países membros, convictos de que iremos obter informações necessárias que permitirão estruturar os nossos projectos de gás natural e LNG, para o benefício do nosso povo e das futuras gerações”.
Filipe Nyusi fez ainda referência que “o gás natural deve constituir um factor de paz, de estabilidade, segurança, promoção e desenvolvimento dos nossos países”, e Moçambique possui reservas de gás de classe mundial descobertas a partir de 2010, nas Áreas 1 e 4 da Bacia do Rovuma, norte do país.
Sobre a história de produção de gás natural no nosso país, que iniciou em 2004, nos campos de Pande e Temane, 2022 pode ser o ponto de viragem para Moçambique. De facto, sobre este marco, o Chefe de Estado afirmou que “de pequeno exportador para região Austral de África, passaremos a fazer parte da família dos grandes exportadores mundiais de Gás Natural, à semelhança das nações aqui representadas. A entrada em funcionamento da plataforma flutuante de produção de LNG, no âmbito do aproveitamento das enormes reservas do gás natural da Bacia do Rovuma, prevista para este ano, marcará uma nova era. Trata-se de um projecto estruturante que capaz de gerar um grande impacto para as receitas do Estado, no incremento das exportações, no conteúdo local e na criação de emprego”.
O Fórum dos Países Exportadores de Gás (GEFC em inglês), é uma organização governamental internacional criada em 2001 mas que só se tornou efectiva após a aprovação dos seus estatutos em Dezembro de 2008. O seu objectivo é apoiar os direitos soberanos dos países membros sobre o seu gás natural e as suas habilidades para planejar e administrar de forma independente o desenvolvimento, o uso e conservação sustentável e eficiente do recurso em benefício dos seus povos, ao mesmo tempo que serve de plataforma para coordenação, colaboração, troca de experiências e informação entre países membros, que representam os principais produtores de gás do mundo. A organização também estabelece os mecanismos para um diálogo entre os produtores e consumidores do gás, de modo a assegurar a estabilidade e segurança na procura e oferta a nível dos mercados globais deste que foi eleito o recurso da transição energética.
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