Câmara Africana de Energia Reage ao Anúncio da União Europeia
Maputo, 13 de Janeiro de 2022 O Portal Mercados Africanos destacou nesta semana a reacção da Câmara Africana de Energia (CAE) à intenção da União Europeia de considerar o gás natural como uma energia verde.
Segundo a publicação a CAE congratulou-se a 3 de Janeiro de 2022, da intenção da União Europeia de considerar a produção de gás natural como uma fonte de energia verde, o que beneficia os produtores africanos.
O Mercados Africanos, citando uma nota da CAE, diz que na referida nota considera-se que “A ideia de o gás natural servir como uma fonte transitória de energia tem sido promovida pelas nações africanas há muito tempo e, por isso, a CAE elogia a proposta europeia como um desenvolvimento histórico que justifica uma perspetiva de evolução positiva para uma transição energética inclusiva”.
Salienta-se que esta nota foi assinada pelo Presidente da Câmara Africana de Energia (CAE) , NJ Ayuk.“Historicamente, África sempre lutou pelo desenvolvimento sustentável, mas para isso o continente precisa de se industrializar primeiro, e tem de ter as mesmas oportunidades que a Europa e os outros países ocidentais”, acrescenta-se a mesma nota citada pelo Mercados Africanos.
No entanto, a mesma nota, refere o Portal, não esconde que “Tivemos os nossos desentendimentos com os nossos amigos europeus”, mas NJ Ayuk, acrescentou que as discussões tidas foram “críticas para partilharmos o mesmo ponto de vista no gás natural liquefeito, um combustível de baixo carbono”.
O mesmo comunicado realça uma vitória para os produtores africanos e para a própria CAE ao sublinhar “A defesa que África faz para uma transição energética justa e inclusiva foi respondida através da proposta histórica da União Europeia de considerar o gás natural como uma fonte de energia verde”.
NJ Ayuk, também foi claro na mesma nota ao expressar a posição africana nesta matéria “África enfrenta desafios únicos e tem de ter tempo para fazer a sua transição energética de acordo com as suas necessidades”.
NJ Ayuk que sublinhou esta decisão como uma vitória para a África, considerou que “os produtores africanos de petróleo e gás continuarão a contar com a receita da indústria para sustentar o crescimento económico e garantir uma transição energética justa e inclusiva, e devem fazer lobby por transferência de conhecimento, formação, programas de monetização do gás e outras oportunidades estratégicas para que as suas operações de petróleo e gás possam criar caminhos para o desenvolvimento sustentável e a diversificação”.
Refira-se que o INP lançou o 6° Concurso para a Concessão de Áreas de Pesquisa e Produção de Hidrocarbonetos, um concurso já há muito aguardado pela grande comunidade energética nacional e internacional. Com efeito, foram definidas 16 novas áreas, distribuídas por 4 regiões distintas, sendo que cinco estão localizadas na Bacia do Rovuma, sete em Angoche, duas no Delta do Zambeze e duas no Save, perfazendo mais de 92.000 km² de área.
Para mais informações queira, por favor, contactar o Instituto Nacional de Petróleo, sito na Rua dos Desportistas Nº.259, cidade de Maputo, pelos números 21248300 ou 839511000 ou pode ainda escrever para o e-mail comunicacao@inp.gov.mz.