Parceiros da Área 4 Lançam o Casco da Plataforma Coral Sul FLNG

Parceiros da Área 4 Lançam o Casco da Plataforma Coral Sul FLNG

Maputo, 14 de Janeiro de 2020 – Realizou-se hoje nos estaleiros da Samsung em Goeje, Coreia do Sul, a cerimónia do lançamento do casco da Plataforma Flutuante de GNL (Gás Natural Liquefeito), Coral Sul FLNG, que consistiu na saída da infraestrutura em construção da Doca seca para o Cais, onde serão montadas as restantes componentes da plataforma. Este evento, marca o início da montagem dos módulos de superfície da Plataforma Flutuante Coral Sul FLNG. 

Na ocasião, Carlos Zacarias, Presidente do Conselho de Administração do Instituto Nacional de Petróleos (INP), em representação do Governo de Moçambique, referiu “Acreditamos que a este rítimo teremos de facto, até 2022, a produção, liquefacção e exportação do primeiro carregamento de GNL do Projecto Coral Sul FLNG e de Moçambique e, como consequência, as transformações esperadas como a criação de emprego, desenvolvimento de negócios locais e renda provenientes da venda de GNL, beneficiando o Estado e os moçambicanos em geral, durante todo o projecto".

Adriano Mongini, vice-presidente executivo da Eni na África Ocidental, disse que “o lançamento do casco do Coral Sul FLNG é um marco importante que foi possível graças ao compromisso da Eni, seus parceiros da Área 4, empreiteiros e autoridades moçambicanas. Compartilhamos da crença de que o Coral Sul é um projecto pioneiro que desencadeará novos desenvolvimentos e novos investimentos ”.

Com uma capacidade de liquefacção de gás de 3,4 milhões de toneladas por ano (MTPA), Coral Sul FLNG será a primeira planta flutuante de gás natural liquefeito a ser instalada em águas profundas, a uma profundidade aproximada de 2.000 metros, e o primeiro projecto deste género a ser desenvolvido no continente Africano.

O casco hoje lançado tem 432 metros de cumprimento, 66 metros de largura e pesa aproximadamente 140.000 toneladas. O módulo de acomodação de oito andares, com capacidade para 350 pessoas, está pronto para ser integrado ao sistema do casco. As actividades de produção também estão em andamento para os 12 módulos de tratamento de gás natural e GNL, com todos os equipamentos principais prontos para integração e empilhamento do primeiro convés.

A infraestrutura, que está a ser construída pelo consórcio Samsung Heavy Industries, JGC e Technip FMC, contratado para integrar todas as componentes que vão corporizar o projecto Coral Sul FLNG, encontra-se a um rítimo de execução de mais de 60%. As demais componentes do navio estão a ser construídas em diferentes partes do mundo, entre elas, Singapura, França, Estados Unidos da América e Itália.

Entretanto, iniciou em Setembro de 2019 a campanha de perfuração dos 6 furos que irão corporizar o projecto, na área 4 da Bacia do Rovuma, ao mesmo tempo que decorrem os trabalhos na base logística de Pemba, em Cabo Delgado, que irão permitir a instalação do equipamento submarino de produção de gás. O Início da produção do gás natural está previsto para 2022.

 

O Projecto Coral Sul FLNG

Este projecto, cuja Decisão Final de Investimento foi anunciada a 01 de Junho de 2017, prevê:

  • A Concepção de uma unidade flutuante de liquefação de gás natural (FLNG) a ser instalada no mar com capacidade para produzir 3.4 MTPA (milhões de toneladas por ano), usando os recursos provenientes do reservatório isolado Coral Sul com potencial de recurso de cerca de 15.7 TCF’s;
  • A Perfuração de 6 furos de produção de gás (a campanha de perfuração iniciou a Setembro de 2019);
  • Investimento de 7 biliões de dólares norte americanos, podendo gerar lucros directos na ordem dos 39.1 biliões dos quais cerca de 19.3 biliões de dólares para o Estado Moçambicano durante a duração do projecto que é de 25 anos, resultantes de Impostos (IPP e IRPC), bónus, taxas e da partilha do petróleo-lucro.

 

A Área 4 é operada pela Mozambique Rovuma Venture S.p.A. (MRV), uma joint venture incorporada de propriedade da Eni, ExxonMobil e CNPC, que detém uma participação de 70% no contrato de concessão de exploração e produção da Área 4. O consórcio inclui ainda a Empresa Nacional de Hidrocarbonetos E.P. (ENH), a Galp Energia Rovuma B.V. e KOGAS Moçambique Ltd. cada uma delas com 10% de interesse participativo.  A Eni lidera a construção e operação da instalação flutuante de gás natural liquefeito em nome da MRV.