Divulgadas Oportunidades De Negócios No Projecto Da Area 1

Participaram neste Seminário de Oportunidades Locais pouco mais de 100 empresas moçambicanas, incluindo representantes do Ministério dos Recursos Minerais e Energia (MIREME), Instituto Nacional de Petróleo (INP), Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (ENH), representantes do Grupo Ministerial de Conteúdo Local e diversas associações empresariais moçambicanas.

Existem oportunidades no fornecimento de bens e serviços para as áreas de saúde e segurança no trabalho, construção, manutenção, alimentação, gestão de acampamentos, transporte (rodoviário e marítimo) e equipamentos eléctricos e de escritório, conforme referido por quatro da empresas contratadas pelo projecto, nomeadamente a CCS JV, o principal consórcio contratado para engenharia, aquisições e construção da instalação de GNL (onshore), a TechnipFMC e a Van Oord, que formam o consórcio MTV, contratado para engenharia, aquisições, construção e instalação dos sistemas sub-aquáticos (offshore) e a Gabriel Couto, contratada para a construção do aeródromo de Afungi.

No final do evento, o Coordenador do Grupo Multissectorial de Conteúdo Local, o Eng.º Henrique Cossa, enalteceu a iniciativa da Total e realçou a necessidade de se informar continuamente o empresariado nacional sobre as oportunidades de negócios oferecidas pelos projectos de gás natural em Moçambique bem como dar a conhecer os requisitos necessários para as empresas nacionais aceder a tais oportunidades ao mesmo tempo que se capacita estas empresas de modo a aumentar a sua competitividade.

Thomas Rodriguez, Gestor de Conteúdo Local da Total, referiu que “O nosso foco, em parceria com o Governo Moçambicano, é aumentar a competitividade das companhias locais para maximizarmos as oportunidades para a participação local. Estes seminários são parte do trabalho multiforme que temos vindo a realizar para o alcance deste desiderato. Em Julho, apresentámos oportunidades de negócio para um horizonte de seis meses e mais, e agora apresentamos oportunidades para o ano de 2021, o que permite uma maior preparação do empresariado.”

Thomas Rodriguez referiu ainda que “o projecto, como temos vindo a referir, vai continuar a dar preferência às empresas moçambicanas, mas elas deverão ser competitivas, preenchendo os requisitos do projecto em termos de planificação, qualidade, quantidade e custo. Por isso, sempre que pertinente, encorajamos as empresas locais a criarem as necessárias parcerias entre si ou com empresas estrangeiras, para fortalecer a sua capacidade competitiva para concorrerem com sucesso às oportunidades de negócio providenciadas pelo projecto. Do mesmo modo, esperamos que as empresas estrangeiras se comprometam e cumpram com o desiderato de maximizar o conteúdo local, como parte das suas actividades no país”.

Recorde-se que no âmbito do projecto Golfinho/Atum, serão adjudicados contratos de cerca de 2.5 mil milhões de dólares americanos a empresas de capitais moçambicanos ou registadas em Moçambique durante o período de construção das infraestruturas do projecto. E segundo Thomas Rodriguez, o projecto já gastou mais de 850 milhões de dólares americanos com empresas registadas em Moçambique, dos quais mais de 200 milhões foram gastos com empresas moçambicanas.

O projecto Mozambique LNG é o primeiro projecto de GNL em terra do país. O projecto inclui o desenvolvimento dos campos Golfinho e Atum, localizados na Área 1 Offshore da Bacia do Rovuma e a construção de uma fábrica com duas unidades de liquefação com capacidade de 13,1 milhões de toneladas por ano. A Área 1 contém cerca de 65 Tcf de recursos de gás, dos quais 18 Tcf serão desenvolvidos com as duas primeiras unidades de liquefação. A Decisão Final de Investimento do projecto Mozambique LNG foi anunciada a 18 de Junho de 2019, e o projecto prevê entrar em produção em 2024.

São concessionárias da Área 1 da Bacia do Rovuma a Total E&P Mozambique Area 1, Limitada, operadora e detentora de 26,5% de interesse participativo., a ENH Rovuma Área 1, S.A. (15%), Mitsui E&P Mozambique Area1 Limited (20%), ONGC Videsh Rovuma Limited (10%), Beas Rovuma Energy Mozambique Limited (10%), BPRL Ventures Mozambique B.V. (10%), e PTTEP Mozambique Area 1 Limited (8.5%).