Oportunidades de Negócios Para Empresas Moçambicanas

Oportunidades  de Negócios Para Empresas Moçambicanas

MAPUTO, 09 de Março de 2021 – Informação actualizada sobre as oportunidades de negócios existentes no projecto Golfinho/Atum e sobre como aceder a tais oportunidades  foi disponibilizada às empresas moçambicanas, num seminário organizado pela Total, operador do projecto, semana finda, com recurso a uma plataforma digital. Trata-se de uma iniciativa que vem sendo levada a cabo pela operadora da Área 1 da Bacia do Rovuma em parceria com o Governo, desde 2018, tendo em vista maximizar a participação do empresariado nacional nos projectos implementados pelas concessionárias da Área 1.

Durante o evento, que contou com mais de trezentos empresas nacionais, foram disponibilizadas informações sobre as oportunidades de negócio no fornecimento de bens e serviços nas áreas de saúde e segurança no trabalho, recursos humanos, construção, manutenção, mecânica, restauração, hotelaria, gestão de acampamentos, transporte, e equipamentos eléctricos e de escritório. Capitalizando a oportunidade, foi realizada uma sessão de capacitação aos participantes sobre os requisitos de saúde, segurança e ambiente do projecto bem como as práticas de procurement.

Houve ainda oportunidade para uma discussão sobre o conjunto de iniciativas de capacitação desenvolvidas pelo projecto, incluindo um Programa de Desenvolvimento Empresarial que será lançado em breve com os representantes do Instituto Nacional de Petróleo (INP), da Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (ENH), do Grupo Multissectorial de Conteúdo Local e de associações empresariais moçambicanas, que também participaram no evento.

Convidada a tecer algumas considerações, Natália Camba, Directora de Conteúdo Local no INP e integrante do Grupo Multissectorial de Conteúdo Local referiu que o seminário é sem sombra de dúvida uma das acções da Total e do Grupo Multisectorial de Conteúdo Local que tem em vista encorajar e melhorar a participação das empresas moçambicanas neste projecto. Assim sendo, “encorajamos a cadeia de fornecimento do projecto Mozambique LNG a continuar a reforçar o diálogo e as acções que visam aumentar a competitividade das empresas moçambicanas com vista à sua maior participação nas actividades do projecto”, frisando que a comunicação é  essencial, pelo que o Governo, através do Grupo Multissectorial continuara a trabalhar com o projecto Mozambique LNG e outros projectos nesta área de gás,  para um alargamento dos canais de comunicação entre os diferentes stakeholders, maior colaboração e interação coordenada entre eles. 

Por sua vez, Thomas Rodriguez, Gestor de Conteúdo Local da Total, afirmou: “ O nosso foco, em parceria com o Governo Moçambicano, é aumentar a competitividade das companhias locais para maximizarmos as oportunidades para a participação local”. Thomas Rodriguez afirmou ainda que,  através da Comissão Técnica de Conteúdo Local, uma plataforma composta pelo Projecto Mozambique LNG,  o MIREME, o INP e o Grupo Multissectorial de Conteúdo Local,  “ temos trabalhado, entre outros aspectos, para assegurar o alinhamento do Projecto Mozambique LNG com a visão de longo prazo de Moçambique e as prioridades de desenvolvimento nacional. Esta comissão trabalhou ainda, no ano passado, no desenvolvimento de ferramentas para aumentar a visibilidade das oportunidades relacionadas com o emprego local e a aquisição de bens e serviços, melhorando o envolvimento das partes interessadas e a implementação de processos que visam apoiar o dia a dia do projecto nas actividades de maximização de conteúdo local e na melhoria da comunicação em geral. O seminário que realizámos é parte deste trabalho multiforme que temos vindo a desenvolver para maximizarmos as oportunidades de participação local no nosso projecto”.

 De acordo com a Total, dos 2.5 biliões de dólares norte americanos disponíveis para contratar empresas moçambicanas e registadas em Moçambique, para providenciar bens e serviços ao Projecto Golfinho/Atum, já foi gasto mais de 1 bilião de dólares americanos com empresas registadas em Moçambique, dos quais mais de 250 milhões foram gastos com empresas moçambicanas.

O Plano de Desenvolvimento do projecto Golfinho/Atum, foi aprovado em de Fevereiro de 2018 e prevê o desenvolvimento do Campo Golfinho-Atum mediante a construção e operação de uma central de liquefacção de gás natural (GNL) com duas unidades (trains) de liquefação com capacidade nominal de pouco mais de 6 milhões de toneladas por ano (MTPA) cada, para o processamento e venda de gás doméstico, com vista a viabilizar a exploração de pouco mais de 13 Tcf de gás natural recuperável, num período de 25 anos, dois gasodutos submarinos e vinte e três (23) furos de produção e infraestruturas. A Decisão Final de Investimento do projecto foi anunciada a 18 de Junho de 2019, num investimento total de USD 20 biliões,  prevendo-se que a primeira produção de gás ocorra em 2024.

São concessionárias da Área 1 offshore da Bacia do Rovuma a Total E&P Mozambique Área 1, Limitada, uma subsidiária integral da Total e operadora do projecto Mozambique LNG, com uma participação de 26,5%, juntamente com a ENH Rovuma Área 1, S.A., com 15%, a Mitsui E&P Mozambique Area1 Limited, com 20%, a ONGC Videsh Rovuma Limited, com 10%, a Beas Rovuma Energy Mozambique Limited, com 10%, a BPRL Ventures Mozambique B.V., com 10% e a PTTEP Mozambique Area 1 Limited, com 8.5%.

 

 

Para mais informações por favor contacte a Unidade de Comunicação através do e-mail comunicacao@inp.gov.mz ou pelo telefone 21248300