China Insurge-se Contra Movimentos Internos Pró Descarbonização
![FOTO-AFP FOTO-AFP](/var/corporate/storage/images/news2/china-insurge-se-contra-movimentos-internos-pro-descarbonizacao/13634-1-por-MZ/China-Insurge-se-Contra-Movimentos-Internos-Pro-Descarbonizacao_articleimage.jpg)
Maputo, 02 de Agosto de 2021-A China tem instado ao fim das actividades agressivas para a redução do carbono que se têm estendido pelo país desde o anúncio, no ano passado, de metas de carbono, que estabelecem que a China a atinja o pico das emissões de carbono até 2030 e a neutralidade de carbono até 2060, reportou o Upstream.
Segundo o artigo, numa reunião havida na semana passada, a Comissão Política do Comité Central do Partido Comunista da China, o principal órgão decisório daquele país, apelou ao fim do que descreveu como "campanha de moinhos de vento " para a redução do carbono.
A reunião estabeleceu uma metodologia de redução das emissões de carbono a que chamou "construção antes da destruição", o que significa que a China deve estabelecer uma estrutura energética baseada em soluções de baixo carbono, antes de demolir o actual esquema energético intensivo de carbono.
A reunião também colocou a urgência da necessidade de um plano de acção, para a nação atingir o pico das emissões de carbono até 2030, com as medidas necessárias para refrear o desenvolvimento de projectos com elevados níveis de emissões e consumo de energia.
Xie Zhenhua, Conselheira Especial da China para as Alterações Climáticas, afirmou, na semana passada, que a China tinha criado um grupo de trabalho orientado para atingir o pico de emissões da China e os objectivos de neutralidade de carbono, lê-se no artigo da Upstream.
A retórica surge quando as autoridades locais na China se apressam a mapear as suas próprias iniciativas para reduzir as emissões de carbono, que o politburo chines descreveu como confusas ou desordenadas.
Qi Ye, um professor do Instituto de Gestão Pública da Universidade de Qinghua, disse que embora os governos locais sejam sensíveis ao apelo do Governo para a redução das emissões de carbono, alguns chegaram aos extremos ao lançarem campanhas para implementar o que afirmou serem esquemas irrealistas, tais como o estabelecimento de comunidades de emissão zero.
Ele afirmou que "enquanto o Governo Central ainda está a coçar a cabeça sobre o plano de acção a nível nacional para atingir as emissões líquidas zero, os governos locais, as empresas e os institutos de investigação anunciaram os seus próprios planos. "Alguns destes planos estão mal concebidos", acrescentou ele.
Qi Ye disse que algumas autoridades locais tinham aplicado a abordagem de "destruição antes da construção" nos seus esforços para reduzir as emissões, levando algumas a demolir centrais eléctricas à base de carvão, antes que as centrais alimentadas a energias renováveis tomassem forma, o resultado é que algumas regiões sofreram cortes no fornecimento de energia", disse ele.
Uma abordagem gradualista da transição energética, pode revelar-se a via mais eficaz para muitos países que, à semelhança da China, ainda dependem fortemente do uso de carvão na geração de energia para alimentar as suas gigantescas indústrias.
Este facto, tem um significado saliente, quando pensamos nas alternativas existentes para uma transição menos conflituosa e sustentável. Muitos experts na área, indicam que o gás natural poderá ser a alternativa mais consensual e com menores impactos sobre o ambiente, quando comparado a outras fontes. Moçambique, com as enormes reservas de gás natural de que dispõe, é, sem margem de dúvidas, um dos países que poderá ter uma palavra a dizer neste promissor processo de transição.
Para mais informações por favor contacte a Unidade de Comunicação através do e-mail comunicacao@inp.gov.mz ou pelo telefone 21248300.