"Apelamos que se Apropriem Deste Empreendimento que Já é Vosso." Diz Filipe Jacinto Nyusi.

O evento teve lugar, hoje, nos estaleiros da Samsung Heavy Industries em Goeje, Coreia do Sul, contando com a presença do Presidente da República de Moçambique, Filipe Jacinto Nyusi e do seu homólogo da Coreia do Sul, Moon Jae-In.

A plataforma Coral-Sul FLNG, será rebocada e ancorada na sua área de operação, no alto mar da costa moçambicana, prevendo-se a sua chegada para meados de Janeiro de 2022. Com capacidade instalada de 3.37 milhões de toneladas por ano, esta será a primeira instalação a produzir e liquefazer gás natural na Bacia do Rovuma e a primeira desta envergadura a operar em águas profundas africanas.

Discursando na cerimónia, o Chefe de Estado Moçambicano afirmou que tem confiança no impacto e no valor que o gás natural, a ser produzido em Moçambique, poderá ter nos mercados internacionais. "Moçambique tem mais de 150 tcf de reservas de gás natural comprovadas e recuperáveis, e oferece garantias de fornecimento fiável e competitivo de GNL por várias décadas" disse o Presidente Nyusi.

Num outro desenvolvimento, o Presidente da República, referiu que os moçambicanos devem apropriar-se dos conhecimentos que serão gerados pela implementação do projecto. "Aos moçambicanos que se encontram a acompanhar com detalhe a execução do projecto desde o início, apelamos que se apropriem deste empreendimento que já é vosso e que no final deste processo possam transferir os conhecimentos aqui adquiridos aos vossos irmãos sedentos de conhecimento"

A primeira produção está prevista para o segundo semestre de 2022, devendo ser exportado para os diferentes mercados do mundo, o que vai ajudar a suprir a demanda mundial pelo gás natural, particularmente neste momento crítico da transição energética, e permitir que o Estado moçambicano arrecade receitas, na ordem de 19.3 biliões de USD, durante toda a vida do projecto, que é de 25 anos.

Stefano Maione, Director de Desenvolvimento, Operações e Eficiência Energética da Eni, referiu na sua intervenção durante a cerimónia que “O Coral Sul FLNG é um feito de classe mundial em engenharia, know-how de construção e tecnologia, adequado para dar o pontapé inicial no desenvolvimento dos recursos de classe mundial de Moçambique. O projecto enquadra-se integralmente na estratégia de transição energética da Eni, à medida em que avançamos para um futuro onde o gás desempenha um papel crucial e de transição”.

As receitas provenientes do projecto poderão permitir a implementação de outros projectos estruturantes e transformacionais em Mocambique. Outro aspecto a reter é o número de trabalhadores que todo o projecto gerou, cerca de 800 mocambicanos, estando garantido que 350 estarão a operar na plataforma durante toda a vida do projecto.

Embora as componentes principais desta plataforma tenham sido construídas na Coreia do Sul, nos estaleiros da Samsung Heavy industries, ela incorpora várias componentes produzidas em vários cantos do mundo e foi concebida com a mais recente tecnologia de GNL, com enfoque na eficiência energética e na redução das emissões de gases com efeito de estufa.

A PLATAFORMA CORAL-SUL FLNG:

• Tem 432 metros de comprimento

• Tem 66 metros de largura;

• Pesa cerca de 220.000 toneladas; e

• Em operações normais, acomodará até 350 pessoas.

As concessionárias da Área 4 da Bacia do Rovuma incluem a Mozambique Rovuma Venture (MRV) S.p.A. uma Joint Venture co-propriedade da Eni, ExxonMobil e CNODC, com de 70% de interesse participativo, a Empresa Nacional de Hidrocarbonetos E.P. (ENH), a Galp Energia Rovuma B.V. e a KOGAS Moçambique Ltd., todas elas com 10% de interesse participativo.

Para mais informações por favor contacte a Unidade de Comunicação através do e-mail comunicacao@inp.gov.mz ou pelo telefone 21248300.