Covid-19 Impõe Desafios ao Sector de Petróleo e Gás em Moçambique

Covid-19 Impõe Desafios ao Sector de Petróleo e Gás em Moçambique

Maputo, 17 de Fevereiro de 2021 -  Actualmente vivemos uma situação pandémica que lesou o mundo inteiro com consequências drásticas a que todos, sem excepção, tivemos de nos adaptar.  O flagelo da COVID-19 e a baixa dos preços de petróleo no mercado internacional impôs uma alteração substancial e de certa forma drástica na ordem funcional de praticamente todos os sectores de actividade da economia do nosso país, incluindo na indústria petrolífera.

Quando foi notificado o primeiro caso de COVID 19 num dos complexos das concessionárias que operam em Cabo Delgado, a primeira preocupação do Governo Moçambicano foi, sem dúvidas, assegurar que os impactos da doença não resultassem em baixas humanas, certificando-se que os trabalhadores infectados e afectados fossem imediatamente isolados e os locais encerrados para os devidos trabalhos de desinfecção. As companhias petrolíferas tiveram que adaptar-se e reinventar-se  para fazer face à nova realidade o que exigiu, nalguns casos, a desmobilização de parte da massa laboral e adopção de trabalho rotativo, mantendo-se somente as actividades cruciais, cuja interrupção poderia colocar em causa o projecto.

Na ocasião, houve um trabalho conjunto entre o INP e as concessionárias de modo a garantir a continuidade dos trabalhos inseridos no cronograma global dos projectos em curso no país. Embora  tenha havido um abrandamento nas actividades, tanto nas áreas em pesquisa assim como nas áreas em pré-desenvolvimento, as actividades cuja continuidade era fundamental para as fases subsequentes dos projectos continuaram sem grandes constrangimentos.

A título de exemplo, na Área 1  deu-se continuidade aos trabalhos de construção das infraestruturas que vão albergar a planta de liquefacção de gás natural do Projecto Golfinho/Atum, em Afungi, assim como a construção dos portos de descarga de material. Na Área 4,  iniciaram os trabalhos de completação dos furos do projecto Coral Sul FLNG, cuja construção da plataforma segue a bom ritmo na Coreia do Sul. Enquanto isso, a SASOL matém a produção de gás natural nos blocos de Pande & Temane estável.

Estamos confiantes na recuperação e vitalidade do sector, não obstante os efeitos da pandemia, acrescidos as quedas vertiginosas dos preços das principais commodities no mercado internacional. Um dado animador é o aumento dos preços de petróleo no mercado internacional, que ascendeu aos sessenta dólares norte americanos nos últimos dias, o que vai sem dúvidas impulsionar a implementação de alguns projectos ora paralisados. De facto, há uma convicção de que o arranque da produção de gás na Bacia do Rovuma venha ocorrer dentro das perspectivas temporais acordadas, ou seja, 2022 para o Projecto Coral Sul FLNG e 2024 para o Projecto Golfinho/Atum.

Prevê-se que o gás da Bacia do Rovuma venha a gerar receitas de mais de 90 bilhões de dólares norte americanos, promovendo a criação de empregos e diversificação da economia do país pela transferência dos ganhos do sector para a implementação de projectos estruturantes visando o desenvolvimento económico e sustentável de Moçambique.

O grande desafio é de facto assegurar o início da produção de gás natural na Bacia do Rovuma nos prazos estabelecidos e consequente entrada de receitas para o país além da criação de condições para que haja acesso pleno e contínuo de oportunidades para os moçambicanos em toda a cadeia de valor dos projectos.  Moçambique está destinado a tornar-se num grande “player” no concerto das nações produtoras e exportadoras de GNL. 

Para mais informações por favor contacte a Unidade de Comunicação através do e-mail comunicacao@inp.gov.mz ou pelo telefone 21248300.