MOÇAMBIQUE: O NOVO MEMBRO DO FÓRUM DOS PAISES EXPORTADORES DE GÁS NATURAL

A organização agrega onze membros efectivos e oito membros observadores, incluindo o novo membro, Moçambique. E, o reconhecimento pelo estado moçambicano de que o gás natural é uma fonte alternativa para a transição energética pesou para a admissão de Moçambique a esta organização, disse o Chefe de Estado, Filipe Nyusi, no final da cimeira, além do papel preponderante de Moçambique como fornecedor fiável de gás natural e LNG ao mercado nacional e internacional a longo prazo.  

Com esta adesão, Moçambique terá acesso, de forma privilegiada, a todos os estudos do mercado de gás natural dos principais fornecedores e vendedores. Participará também das discussões de todos os órgãos do fórum, além de participar em plataformas de troca de experiência sobre matérias relativas ao mercado de gás natural, entre outros. O nosso país é admitido num ano em que vai iniciar a produção, liquefacção e exportação de gás natural em grande escala, na Área 4 da Bacia do Rovuma.

A cimeira serviu ainda para adoptar-se a Declaração de Doha. Esta declaração, aborda todos os aspectos dos mercados globais do gás que têm preocupado os decisores políticos e os intervenientes da indústria nos últimos tempos, particularmente os relacionados com a transição energética. O documento também encoraja a expansão da utilização do gás natural a nível interno e internacional, promovendo-o como uma fonte de energia abundante, acessível, limpa, fiável bem como combustível de eleição para satisfazer as crescentes necessidades energéticas mundiais, enfrentar as alterações climáticas e melhorar a qualidade do ar.

A admissão de Moçambique ao Fórum dos Países Exportadores de Gás Natural, ocorre um dia após a agência de rating financeiro Fitch Ratings ter anunciando que prevê um crescimento económico em Moçambique de 5% em 2022, contrariamente aos 4.4% previstos anteriormente. Este aumento percentual deve-se à recuperação económica do país no presente ano, impulsionado pelo levantamento das medidas de distanciamento social, o que impacta no aumento do consumo privado, e ambiente de segurança mais estável, que conduz a um investimento mais forte, particularmente no sector dos hidrocarbonetos.

De facto, a produção de gás natural liquefeito impulsionará um rápido crescimento das exportações, tornando "Moçambique um exportador líquido de gás pela primeira vez no segundo semestre deste ano quando o projecto da Eni Coral Sul FLNG começar a produzir", o que contribuirá com 0,6 pontos percentuais para o crescimento do produto interno bruto (PIB) este ano, refere o artigo publicado pela Further Africa.

Refira-se que os países do GEFC representam 70% das reservas comprovadas de gás natural, 44% de  produção comercializada, 52% de gasoduto e 51% das exportações de GNL em todo o mundo.

Para mais informações por favor contacte a Unidade de Comunicação através do e-mail comunicacao@inp.gov.mz ou pelo telefone 21248300.