05-12-23 | COP28 | MOÇAMBIQUE ADVOGA TRANSIÇÃO ENERGÉTICA JUSTA

05-12-23 | COP28 | MOÇAMBIQUE ADVOGA TRANSIÇÃO ENERGÉTICA JUSTA

IMAGEM-O PAIS

Esta foi a narrativa do Presidente da República, Filipe Jacinto Nyusi, durante o painel que lançou oficialmente a Estratégia de Transição Energética de Moçambique, sábado último, 02 de Dezembro, em Dubai, num evento paralelo à 28ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, comumente designada COP28. 

A COP28 decorre num ambiente de crescentes pressões para que os países adoptem medidas mais robustas para a descarbonização e utilização de fontes de energia limpas e mais amigas do ambiente. Entretanto, Moçambique, que contribui com menos de 0.5% de emissões de gases de efeito estufa, defende uma transição energética justa e que permita aos países detentores de recursos fósseis, como é o caso de Moçambique, que detém cerca de 180 TCF’s de recursos de gás natural, a possibilidade de explorá-los de forma sustentável para desenvolver a sua economia e contribuir para a sua industrialização e a segurança energética global.

Na sua intervenção durante a COP 28, o Presidente da República referiu que Moçambique está entre os 10 países que mais sofrem com os s efeitos adversos das mudanças climáticas, causando desastres naturais que tem afectado milhões de pessoas e destruido diversas infraestruturas económicas, sociais e produtivas. Por isso, o país apoia iniciativas inovadoras de financiamento como a conversão da dívida pela acção climática, o acesso ao financiamento concessional aos países em desenvolvimento e outras iniciativas que visam reduzir a emissão de gases para a atmosfera.

Note-se que, Moçambique que elegeu o gás natural como a sua energia de transição, já possui uma matriz energética limpa, sendo que 70% da energia produzida provém de fontes hídricas, 14% de gás natural e 16% de outras fontes, com destaque para a energia solar, pelo que a sua exploração e produção vai, por um lado, permitir que o país disponibilize o recurso ao mercado global e, por outro, garantir que até 2030 todos os moçambicanos tenham acesso à energia eléctrica, gerada a partir de fontes renováveis e gás natural.

A Estratégia de Transição Energética lançada pelo Presidente da República adopta 4 pilares principais, nomeadamente (1) Sistema energético moderno, baseado em fontes de energias renováveis, (2) Industrialização Verde, (3) Acesso universal às energias modernas, e (4) Adopção de energias limpas para transportes, sendo que o segundo pilar prevê um Plano Integrado do Gás Doméstico, a redução gradual da dependência do carvão mineral, a descarbonização da energia do sector da exploração mineira, a extracção e processamento sustentável de minerais críticos e estratégia e rota da  produção de hidrogénio.

Refira-se que a presente Cimeira, que iniciou a 30 de Novembro, decorre sob os auspícios do governo dos Emirados Árabes Unidos, e vai estender-se até o dia 12 de Dezembro. Participam no evento vários líderes mundiais, incluindo dirigentes de países produtores de hidrocarbonetos. O INP integra a delegação do Ministério dos Recursos Minerais e Energia e vai liderar um painel as 10h00 do dia 06 de Dezembro no Pavilhão de Moçambique, para discutir “a contribuição do gás natural na transição energética em Moçambique”.

Para mais informações, queira, por favor, contactar o Instituto Nacional de Petróleo, sito na Rua dos Desportistas Nº.259, cidade de Maputo, pelos números 21248300 ou 839511000. Pode ainda escrever para o e-mail comunicacao@inp.gov.mz e visitar as nossas páginas de facebook e linkedIn para estar a par desta e outras matérias de destaque.